segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ao Grande Avô Seu Chico.

Até que ponto vamos?
A vida não quer dizer nada
Ser só, não é mais um motivo pra poesia
A face desfigurada de um ser que ainda teme a morte já no fim de sua vida

Sua dependência ao ser humano se faz maior
E em teus aposentos de acomodadas primaveras
Cai a neblina densa que desatina seus sentidos
Já não se vê mais o copo sobre a mesa

Em seus pés abrem fendas
Suas mãos já não se aquietam mais
Tua boca fria e seca é espelho de seu sofrimento
Suas mãos, a prova de um passado longo

A lembrança agora é confusa
Seus amigos não se diferem
Mas as lágrimas ainda caem ao se ouvir à voz daquele que por amor o visita
As únicas lágrimas que fazem com que surja um brilho em seu olhar
Olhar que expressa enorme alegria por alguém o valer
Por ali ir, para o ver.

Um abraço com pedidos de bênção
Bênção que ali mesmo é dada com muito amor
Expressado no choro onde a tristeza se expõe nua
Um gemido silencioso
Mas dolorido ao coração de quem vê
Passando a sentir a dor daquele sofrimento

As palavras que são lidas através de seus lábios muchos
O sussurro do desespero que sai dali
Uma prosa para espantar o choro
Mas é hora de partir

Te da mais dor partir
Do que vê-lo te ver partindo
Pois não sabes se o choro que está vindo
É de felicidade pelo valer ou pela partida daquele que o foi valer
Mas se cala com a afirmação de volta
Só espero que não me esperes voltar

Mas que se lembre de mim quando for
Pois em mim tua imagem sempre estará
Seu andar lento e triste
Sua cabeça baixa e quente
Seu assobio de melodias tristes
E seu olhar que nos ensina a amar quem tanto nos vale
E sua bênção dá espalhando tamanho querer bem
Pois é na sua partida que sei que mais precisará de minha mão
Mas mesmo não a tendo
Meu amor de neto Chico sempre terá.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Solidão mãe de meu eu.

Carne
Maldita sejas tu
Que me dilacera em teu desejo
Afoga-me em teu beijo
No remanso de tua água azul

Morte
Que me tens vivo
Fazendo-me sofrer
Em falta de meu amor
Sofrimento Martírio

Dor
Visas minha rendição
Te admiro em força e bravura
Onde seu Forte
É minha angustia e perdição

Solidão
Me desperta a carne
Deixando-me morto em vida
Banhando em dor meu coração
Por quem não merece a solidão.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sentimento Mal Vivido.

Porque tudo à de ser assim?

Em tamanhos momentos em que perdemos rumos
Sem saber para aonde ir
Nos refugiamos em tamanha solidão
Nos trancando entre muros.


Depois de passado tempo
Escapamos sem rumo
Sem direção ou seguimento
Andamos a ermo em ruas curvas.


Achamos um pequeno refugio perante a solidão
Aceitamos carinhos desconhecidos
Fragilizamos nossos sentimentos
Tentando esquecer o que era suposta paixão.


Mas em um futuro não distante
Faz-se a frente confusa decisão
De um futuro mais distante
O que devo fazer para não ferir o quanto fui ferido
Sei a dor de sentir e não ser sentido


Não me foge o medo de que minha decisão não por culpa minha
Venha a se virar contra minhas esperas de sentimentos
Tenho medo de abrir mais as portas para um sentimento
Que no futuro possa me machucar
Novamente.

domingo, 1 de maio de 2011

Minha Oração de Cavaleiro.

Minhas idéias onde estão?


Parte de mim tenta se encontrar em águas negras
O monstro que há dentro de mim se desperta
Meu corpo pede pelo meu sangue
Minha alma pede descanço


Já não à mais pedras em minha estrada
As curvas não são curvas
Se confunde o meu transporte
Se perdem meus sentidos


O cansaço da vida vã me abraça
A faca da indecisão me corta
Vejos meus sonhos irem com as musicas que em minha cabeça se executava sem parar.
Com o vulto da imagem de um alguém que insisto em existir.


Minha honra está indo
Se vai como a folha que se solta da arvore e pega carona nos ventos vindos do norte.
Minha espada pesa
Minha armadura se faz um fardo de martilho sobre meus ombros


Me deixam ideais que fizeram meu sangue derramar.
A sela de meu cavalo se escorrega entre seu pelo brilhante
Não consigo aperta-la para montar e cavalgar
Até a solidão que comigo sempre esteve me deixas sem explicação.


Meu coração parou
Mas meu sangue ainda corre em minhas veias
o ar circula em meus pulmões
Minhas mãos soam em frio de inverno


Me deito em abrigo de pedra
De lado minha espada
Em minha frente meu cavalo indo embora
Choro meus sonhos não lembrados


Vejo uma bela brecha sem nada
um vago entre a neve pura e clara
Que me arrastas em tua direção
Deixando a mim sentimento algum


Aguardo o dia de saber como é novamente lutar por ideais
Agrado o dia de viver
E em felicidade sofrer lutando
Para poder meus poemas em árvores colher
Citando-os como oração
Em lembrança deste vão de viver.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

JeNaSaMo

Hoje acordo em minha profunda solidão
Me abastece sua imagem
Os dias que de ti me encontro mais longe
Para a hora o sol a noite
Dia esperado não chega.


Acordo agora com o gosto de um sonho
Me cobre à vontade de tê-la ao meu lado
Me afaga o saber que sempre estás em mim
Estou leve
Penso em voar até ti


Me imagino chegando a você
Te vejo ao longe
Não me vês
Me aproximo de você
E me recebes com abraço e beijo
Nos quais em meu corpo e boca sinto agora


Sou movido por sonhos
Onde és a base de tudo
Minha vontade de não desistir
A verdade de meu existir
A razão de eu não poder ir


Anjo que me veio
Escute minhas falas
Se apresse em tua chegada
Pois divindade só és tu que tens
De um mero mortal como eu
Prezado sou pois ao meu lado á tenho.


Não tenho um resumo de minha vida
Tenho agora uma sina
Onde traço meu destino sem medo
Onde o fato de teu existir
Me faz ser o que vejo


Minha batalha não cessa
Minhas vontades aumentam
Meu campo é extenso com a batalha de minha vida
Tenho punhos fortes apunhalando a espada
Tenho honra para continuar a lutar
Tenho uma princesa na qual ao meu lado vai estar


Mesmo que com dragões, gigantes e magos tenha de batalhar
A morte não é meu limite
Meu descanso é estar em teus braços
Minha salvação é o teu perdão as minhas crises
Minha honra é sempre honrá-la
E minha vida é ter-te como tal
Tal minha vida

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Jardim de Artesão

Se vou
Eu não sei
Não tenho caminho ou direção
Se fico
Para que
Não tenho motivo nem razão.

O jardim que antes nos encontravas-mos
Faz-se hoje um pomar de plantas mortas
Em que as poucas que ainda vivem sugam o ar de minha alma
Fazendo-me lembrar de sua imagem
E a dor que em sua partida tornou bater em minha porta

Hoje sou artesão
Talho a minha solidão sem conseguir pensar em um futuro
Vou lapidando o coração de pedra que ocupa meu peito
Sem pensar em formato algum para lhe dar.

A força que me ergue é o pensamento
Pensamento de em um dia poder de voltar sonhar
De maneira indiscreta poder sorrir
Naquela hora que terei certeza que és à hora de partir

Não faço conta de tanto luxo
Não peço riquezas nem luto
Mas será que tenho um amor
Como será ela
Só peço a Deus que não me de o que já tenho
Pois se assim for
Já quero divórcio da solidão.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Explicar nobre de um desejo de você.

Te vejo agora à tarde

Está linda
Mas não falo...
Te aprecio
Não vendo a hora de transformar a imagem produzida



As conversas extrovertidas saídas de nosso diálogo
Um copo e outro de uma bebida servida quente
Um som breve e calmo
Uma ambientação inexpressiva



Reparo em sua boca quando fala
E passo a acreditar que é, sim, possível mover maravilhosas montanhas
De tão grande e perfeito desenho
Inspirador eu diria



Aonde me quero
Em uma luz fraca de cor mostarda e nostálgica
Sentir sua mão fria sobre a camisa encostada em meu peito quente
Minha mão embaraçando em teu cabelo controlando o passar de sua boca na minha
Mordo seus lábios para te dar uma dor suportável... prazerosa!



Corre a mão em minhas costas
Te aperto contra mim
Quero te sentir quente como o calor cuiabano em plena tarde
Sinto suas unhas e quero que sinta minha mão leve de grande peso
A camisa já não é mais um obstáculo
Sua mão escorregadia já a ultrapassou




A música parece dar o compasso, o ritmo
De tom baixo e bom
Salve nosso grande Baleiro
Teu pescoço passa a ser alvo
Minha língua queima mais com o contato de sua orelha ainda gelada




Não deixo de notar murmúrios que me atrapalham a me segurar!
O som do meu respirar fica mais notável próximo ao teu pescoço
Podes ouvir e senti-lo
Os olhos entreabertos me dão maior quentura
E se tornam mais firmes as minhas mãos



Vejo o tecido de minha camisa subir
Me arranha agora o peito e a barriga
Não fico atrás e usufruo de tua pele
Te coloco de costas para mim
Me encaixo apertando seu quadril



Nos jogo contra o beiral da porta
A parede treme
Estás indefesa
Faço de suas costas pousada para minha boca
Que escorre por toda ela sem faltar detalhes



Te viro bruscamente para te encarar
Seus braços abertos...
Agora quero fazer o mesmo olhando em seus olhos semi abertos
Nossas vestias vão se afastando de nós
Logo te sinto toda


Tua perna sensível é tomada pelos meus beijos
Mordo-as para te ouvir!
Acompanho as subidas do seu corpo
Cada elevação
Cada declive
Meus dentes correm em ti
Te causando calafrios a cada expirar gelado


A sede que me devora
Lhe faz ser um oásis
Que pelo calor do teu corpo faz-me aproveitar cada gota sua
O pouco suor desse em sua nuca
E depois da subida pelo seu corpo
Volto à tua boca que me devora com ganância e egoísmo
Estando por cima de ti sentindo tuas pernas em desespero


Te encostando toda em mim
Te deixo se afogar em pensamentos de controle e posse
Quero ver o que queres
Quero ver até onde vais
Te deixo livre e faminta



Nos mastigamos e nos entrelaçamos
Em movimentações que se apressam no decorrer de minutos
Deslizando-se em meu corpo pelo suor que se mistura
Ardendo mais ainda a pele em um prazer que emite grande gozo e satisfação
Por hora posso te-la inteira
Um expressar de confiança inexplicável



“Sacia-se” a fome por tempo
Mas não vai embora a vontade um do outro
O querer ter sempre
A sede da companhia que não cessa
O ar já utilizado que quero inspirar
O rosto de um novo amanhecer
A voz de um despertar



A janela entreaberta para o sol
O som da brisa passeando nas partes descobertas do teu corpo
Um lugar embaçado, mas claro quando o olhar se fixa
E um frio bom na espinha quando surge um toque
Um gemido acompanhado de um pequeno e lindo sorriso


Surge um Bom dia.
Com uma voz doce e provocante
E com o virar dos corpos de costas para a luz do sol
Vê-se a sombra de um braço indo fazer acontecer um abraço na parede do quarto querendo dizer
Estou sempre contigo.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Meu mar

Tento me acalmar
Mas vivo em desespero com minha alma
Contorço-me no pesadelo de minha realidade
E com a corda que me abraça o pescoço
Cai em um poço escuro



Já morto, me pego em guerra com o amor.
Lutamos dias e noites
Durante sete anos de batalha com minha alma
Esmagando o sentimento que tanto queria para mim.



Tenho a vitória sobre o amor
Que hoje o tenho.
Mas que de mim vive distante
Minando o meu sangue como cachoeiras de queda forte.



Sou um jovem velho sofrido
Que não traz calos nas mãos
Mas um imenso cansaço no olhar
E o espelho de uma alma que não vive mais sem uma razão



Como o sangue que nas veias correm
Vem-se o tempo junto à solidão.
Afogando-me em seu oceano de ondas mortas
Com águas pesadas de paixão
Atraindo-me para o fundo de sua imensidão



Mas vem uma sereia me salvar
Sereia doce de alto mar
De olhos de mel e boca de um vermelho céu
Que me abres o peito e toma meu coração
Deixando-me viver no mar



Perdi a ti
Mas a tenho
E espero que o tempo me traga aquelas águas de volta
As águas que juntos nadávamos em amor
Sendo nós dois.
No remanso triste
Com o servo amor e vencedores da solidão
Nadando agora em ondas lúcidas longe dessa escuridão.

Preciso-te.

Seu calor me foge
Deito-me em um manto
Está frio está escuro
Não sei o que cinto
Sei que estou só


Teu sorriso me vem aos olhos
Tua boca me vem o gosto
Teus olhos me vêem amor
Teu amor me dá calor
Mas o calor me foge ao sentido


Estás longe
Cinto isso
Estás perto
Sei disso
Purifica-me te amar


Qual será meu sonho hoje?
Terei a ti nele?
Minhas realidades serão verdades
Concretizo meus ideais
Ter-te ao meu lado
Volte para mim.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Abstinência de Agrados

Não tenho vontades

Em sua ausência me perco e me confundo
O calor me some da pele
E me afaga o frio do mundo


Chega à noite
De sonhos me embriago
E na alucinação mal vinda
Peço o néctar de seu corpo


Procuro-te em toda parte
Não te vejo
Desespero-me
Uma miragem


Mas minha esperança em coma
Ainda sentes que minha existência
Ainda terá tua mão
De tamanha proteção e carências de solidão


Quero gritar seu nome
Mas tendo a certeza de tua chegada
Vejo-me tolo sem o teu abraço
Esperando teu beijo
Desejo dizer as palavras esperadas
EU TE AMO.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Aníbal Xavier do Nascimento

Em solidão imensa faz meu viver
Direções e caminhos procuro em sofrimento
Com o amor que meus sonhos me fazem desejar e ver
O destino que me acompanha ainda me impede de ter

E sem desfrutar de esperança conduzo esta sina
Que se faz um legado de uma no chacina
Com um desejo de um afeto estrondoso
Deixo bem claro minha vontade
E a dor estampada em meu rosto

Na vida tudo que chegas um dia passa
E só nos cabe a esperança de que não atue a palavra jamais
No meu ser á a esperança de um dia reencontrar
Aquele alguém
Que me pego em pesadelo de não encontrar jamais

E que meus olhos não expressem tanta tristeza
Que no teu verde de verdade
Mostre também a força e coragem
Que aqueles que se gabam serem meus inimigos
Sofrerão em enfrentar.

12/10/2009 02:52